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René Queiroz

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quarta-feira, agosto 24, 2005

Crítica do Valor

Surpreendi-me com a descoberta tardia da Professora Marilena Chaui de que “a economia colonizou inteiramente a política”, com que concordou os Professores Chico de Oliveira e Luiz Gonzaga Beluzzo. É claro que a margem de manobra da política tende a se estreitar à medida que as relações capitalistas se consolidam em todos os níveis.

Por que os “desenvolvimentistas” fracassaram em dá um norte para o governo Lula? Porque pretendiam trazer para realidade atual uma política que talvez se aplicasse bem na década de 60, quando as relações pré-capitalistas era um entrave, a possibilidade de se fazer medrar um capital nacional com ajuda do Estado estava em pauta e a margem de manobra para uma política nacional “desenvolvimentista” era grande.

Se “as instituições republicanas foram superadas pela economia”, como reconhece o Chico de Oliveira, para que “serve o meu voto?”, pergunta indignado. Eu acrescentaria: para que servem os partidos? A falência da política – admitida pelo Professor Chico quando indaga sobre a utilidade de seu voto - como instrumento da modernização capitalista é a expressão do colapso da própria modernização, ou seja, da crise do valor.

Apresar do reconhecimento tardio, os professores correm o risco de patinar ao acreditarem na reversão desse quadro através de ações milagrosas de partidos políticos saídos não sei de onde. O melhor seria reconhecer que seja qual for o partido, ao galgar o poder, seu papel será o de administrar a crise cada vez mais feroz, por aí não haverá margem para mudanças.

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