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René Queiroz

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quarta-feira, julho 27, 2005

História mostra que o PT não é o primeiro e não será o ultimo.

Ultimamente com a exposição explícita do odor ou como diz Roberto Jefferson do cano de esgoto não passa água limpa, infelizmente, não passa mesmo. A corrupção política no Brasil não vem do governo Fernando Collor de Mello nem muito menos nasceu no governo de Luis Inácio Lula da Silva. Essa história vem de longe. Nos anos de 1950, o nome Adhemar de Barros, ex-governador de São Paulo-SP, foi colado á mais remota evidência de financiamento clandestino de campanha; na época chamada sarcasticamente de “caixinha do Adhemar”. Para se livrar Adhemar contratou alguns compositores para compor uma música para contar uma história contrária a espalhada pela oposição. A versão musical dizia o seguinte: Quem não conhece/quem não ouviu falar/ na famosa caixinha do Ademar/que deu livro, deu remédio, deu estrada/caixinha abençoada. Logo após era a vez de Juscelino Kubistchek, que também tinha sua caixinha. JK foi, por sinal, o primeiro político a ter revelado alguns segredos de financiamento, contados por “scholar” americano (Edward Riedinger), que foi professor de inglês do ex-presidente. À sombra das contribuições floresceram as empreiteras. Segundo Riedinger, “a maior parte das doações era feita anonimamente. Poucos pediam recibo, pois não raro os doadores forneciam dinheiro também a candidatos adversários, como forma de se prevenirem contra resultados imprevisíveis” concluído uma máfia. Trancredo Neves, eleito presidente por processo indireto. Arrecadou duzentos e cinqüenta mil dólares usando o mesmo esquema. Segundo Garnero, embora Tancredo estivesse com a eleição praticamente ganha (contra Paulo Maluf) queria um fundo disponível para qualquer eventualidade. Assim, Delubio Soares e Silvio Pereira (operadores da caixinha do PT) são personagens deste universo de financiamento de campanha que sempre existiu e sempre continuara a existir se não ocorrerem uma mudança radical neste chamado estado democrático de direito, ou seja, são apenas atores de um entretrecho maior, o processo político nacional, “Vencer uma eleição para qualquer partido sempre foi o que mais importou. Pois todo político acredita que estar neste sistema de elites não significa vender sua ideologia. O PT deveria ser, tragicomicamente o ultimo partido a subir no poder, porém ao que tudo indica não o será.

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