Ratzinger
Eu não escrevi sobre a morte do Papa, nem ia escrever sobre a sucessão do Papa, mas confesso que essa me deixou boquiaberto. Ratzinger! Quem diria! Ratzinger era a eminência parda do Vaticano. Ratzinger era quem fazia os serviços sujos que João Paulo II não queria fazer pra não diminuir sua popularidade. Ratzinger foi quem esmagou pessoalmente todos os pequenos movimentos progressistas e liberais que ensaiaram começar durante o último pontificado. Ratzinger era um José Dirceu, um ACM, um PC Farias: aqueles articuladores políticos geniais que ficam, nas sombras, fazendo aquelas negociatas políticas às vezes nojentas e calhordas que os grandes líderes não podem fazer em público. Na verdade, é impossível ser um grande líder sem um Ratzinger ao seu lado, limpando a sujeira e amarrando as pontas soltas. Eu nunca achei que Ratzinger seria eleito Papa, por dois motivos: O primeiro, bastante citado na imprensa que não pára de falar nisso, é que ele fez inimigos demais. Todos os cardeais já haviam tido, em um momento ou outro, seu braço torcido por Ratzinger. Na hora do voto secreto, o homem não iria receber nenhum. E pensei também em outra razão, essa só minha: tem gente que é feita pra luz, tem gente que é feita pras sombras. Quando alguém é poderoso no nível de um Ratzinger ou de um ACM, trazê-los para debaixo dos holofotes só diminui o seu poder. Vocês podem imaginar ACM Presidente da República? Seu poder está nos acordos por debaixo do pano. Ele jamais aceitaria ser rebaixado desse jeito. Ou talvez aceitasse. Já não sei mais de nada. Nessas horas, a vaidade fala mais alto. Está aí o Ratzinger que não me deixa mentir. Mas digo isso: preparem-se.
O homem é linha-dura.
Os tempos de Joãozinho Paz e Amor acabaram.
Joseph Ratzinger agora é Bento XVI
Sera o Benedito...
Alex Castro...
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