ANNAS
AS ANNAMARIAS
(fragmentos)
Levanta sob as pálpebras fechadas
debaixo da retina,
debaixo da memória dos dias
quando decifrávamos a pressa dos temporais
em teu jardim parado e temporal.
Embarcamos na noite.
E tudo é tão vago.
E tudo é tão tenso
e os fogos de dentro,
escuros e densos,
nos queimam e nos queimam e nos queimam.
e eu recolho
as cinzas deste deslumbramentos
e te aguardo
com a lenha de meu sangue
e o sangue de meus dias para sempre
- para sempre sangue de meus dias.
1 Comentários:
Muito boa esta sua página! Está de parabéns! Gostei muito do que escreveu sobre "Tropa de Elite" e "João Cabral de Melo Neto", os outros também, mas principalmente o BOPE.
Pensa bem, escrevendo com muita inteligencia.
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