A desumanização da arte
"A metáfora é provavelmente a potência mais fértil que o homem possui.
Sua eficiência chega a tocar os confins da dramaturgia e parece um instrumento de criação que Deus deixou esquecido dentro de uma de suas criaturas na hora de fazê-la, como o cirurgião distraído que deixa um instrumento no ventre do operado.
Todas as outras potências nos mantêm inscritos dentro do real, do que já é.
O mais que podemos fazer é somar ou subtrair umas coisas de outras.
Só a metáfora nos facilita a evasão e cria entre as coisas reais recifes imaginários, florescimento de ilhas sutis.”
José Ortega y Gasset
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