SER E O VIR A SER
A primeira categoria da lógica hegeliana é o ser, já que é a categoria mais imediata e universal. Não se pode esquecer que a metafísica começa com a proposição do grego Parmênides: O que é é, o que não é não é..
As implicações desta proposição são conhecidas: o que tem de ser uno( portanto sem partes), eterno (sem começo e sem fim) e imutável (sempre idêntico a si mesmo). Isso significa que o ser se define pela ausência de qualquer definição. Se o ser é alguma coisa, ele já é algo diferente dele mesmo. Do ser só se pode dizer: É.
Hegel dirá então: O ser é o nada. Pois o nada é justamente isto: a ausência de toda determinação.
Do nada não se pode dizer que ele é alguma coisa. Dele só se pode dizer: não é.
O ser acaba se identificando com seu oposto, e vice-versa, já que tanto o ser como o nada são categorias vazias, sem determinações concretas.
Para que ambas mantenham algum sentido, elas precisam se submeter a uma categoria superior, que possibilite diferenciar ser e nada. É a categoria do devir ou vir a ser e em seguida de ser-ai (Dassein), por meio das quais o ser pode não-ser, e o não-ser pode ser...
0 Comentários:
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial