Kierkegaard e Eles...
Para a maioria das pessoas, existencialismo começa e termina em Sartre. Mas não. Kierkegaard é quem começou tudo e ele é dono de um chavão que muitos já devem ter dito como se fossem suas em todas as variações possíveis: “Somente pode-se entender a vida para trás, mas ela deve ser vivida para a frente”.
Kierkegaard elaborou uma classificação daquele que ele dizia ser os 3 estágios da vida do homem. Que são eles:
Estágio estético; Vive o momento e visa sempre o prazer. Bom é aquilo que é belo, simpático ou agradável. É a fase que se resume na frase: “prefiro viver 30 minutos de maravilha do que uma vida inteira de nada especial”. Quantidade se sobrepõe� Qualidade que é um conceito puramente estético. É viver totalmente nas aparências.
Estágio ético; Marcado pela seriedade e por decisões consistentes tomadas seguindo padrões morais. É quando você percebe que chegou a hora de se acomodar. Pensa antes de fazer qualquer coisa pois pondera sobre como isso afetaria as pessoas a sua volta.
Aprendeu a lição de Eclesiastes de que há um tempo para tudo na vida. De que tudo é vaidade, uma luta eterna contra o vento.
Estágio religioso; O homem se une a deus. É quando cessa a atividade cerebral. Brincadeiras a parte, a “união com Deus” é tema recorrente na mitologia e ficção. Temos desde os heróis gregos buscando imortalidade, Buda se iluminado na figueira, Jesus subindo aos céus ou Neo se unindo ao arquiteto. É uma metáfora para dizer que ultrapassou todas as barreiras do mundo material. É tão raros nos dias de hoje quanto programas humorísticos engraçados...
Acho que estou em um estágio intermediário dos dois primeiros. Enquanto pondero muito sobre minhas decisões, ainda me encanto e me fascino com o barulho que o mundo faz e todas aquelas luzes brilhantes que te prometem um mundo de intermináveis alegrias. Um fascinado por tecnologia, tenha a idade que ele tenha, nada mais é do que um atolado no estágio estético.
Para Kierkegaard você iria caminhar por estes estágios ao longo de sua vida e claramente havera um juízo de valores, o estético era o mais “baixo” até atingir o ápice que seria o religioso. Não vejo assim. Me baseando na filosofia utilitarista digo que se você é feliz do jeito que está não tem por que mudar ou tentar ser diferente, ou não�...
Pois sim.
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