É...
O Ser é, o não-ser não é
De um só caminho nos resta falar: do que é; e neste caminho há indícios de sobra de que o que é, é indestrutível, porque é completo, inabalável e sem fim. Não foi no passado nem será no futuro, uma vez que é agora, ao mesmo tempo, uno, contínuo; pois que origem lhe poderá encontrar? Como e de onde surgiu? Nem eu te permitirei dizer ou pensar, "a partir daquilo que não é", pois não é para ser dito nem pensado o que não é. E que necessidade o teria impelido a surgir, se viesse do nada, num momento posterior de preferência a um anterior?
O Ser não nasce nem morre
Portanto é forçoso ou que seja inteiramente, ou nada. Nem a força da verdadeira crença permitirá que, além do que é, possa algo surgir também do que não é; por isso, a Justiça não solta as algemas de deixar nascer ou perecer, antes as segura. Acerca disto a decisão reside neste fato: é ou não é (...) Como poderia o que é perecer depois disso? E como poderia ser gerado? Porque se foi gerado, não é, nem se o vai ser no futuro. Assim a geração se extingue e a destruição é impensável.
O Ser é indivisível
Também não é divisível, pois que é homogêneo; nem é mais aqui e menos além, o que lhe impediria a coesão, mas tudo está cheio do que é. Por isso, é todo contínuo; pois o que é adere intimamente ao que é.
Parmênides
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