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René Queiroz

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quinta-feira, dezembro 20, 2007

O leite era mesmo leite. Quem paga o prejuízo?

Lembra do leite longa-vida com soda cáustica? Pois bem: o laudo do Instituto Nacional de Criminalística mostra que o leite não tinha soda cáustica.
Lembra do leite longa-vida com água oxigenada? Pois bem: o laudo do Instituto Nacional de Criminalística mostra que o leite não tinha água oxigenada.
A notícia foi publicada pela imprensa com muita, muita discrição. E muita gente nem percebeu. O leite não era dos melhores, claro. Quem quer leite bom de verdade compra leite fresco.
Talvez possa usar leite em pó de boa marca, dissolvido em água devidamente tratada e filtrada.
Leite que vive fora da geladeira sempre tem conservantes. Mas não era nada que fizesse mal à saúde. Mas, se o leite longa-vida era exatamente o que prometia, ser um leite longa-vida, qual o motivo do escândalo? Talvez a explicação esteja numa curiosa coincidência de datas. Uma das empresas mais atingidas pelo escândalo foi a Parmalat, hoje pertencente a um fundo de investimentos, o LAEP. E o noticiário explodiu bem quando a LAEP preparava a oferta pública de ações (IPO) da Parmalat, na Bolsa de Valores de São Paulo. O pessoal da empresa estava em road-show no exterior, preparando o lançamento, e teve de voltar rapidamente ao Brasil, para enfrentar o terremoto.
Este colunista aprendeu desde cedo a desconfiar de coincidências. E ainda se lembra com clareza da época em que a água Lindóia foi massacrada pela imprensa, por conter uma bactéria nociva. Depois que uma empresa concorrente lançou sua água em copos descartáveis, a bactéria nociva desapareceu da imprensa. Teria sido coincidência, também?
Carlinhos Brickmann

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