pensante

René Queiroz

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marcado

sexta-feira, março 25, 2005

ultima ceia Posted by Hello

Pagina a se Ler

http://anamangeon.mus.br/versos/ outra pagina bonita de se ler. Eis;

Dispensa
Não me ligue mais, menino!
Você tem lirismo!
Tem uma inocência engraçada, tem qualquer coisa assim, que, numa distração, eu posso quebrar.
Não me procure, não esbarre comigo.
Pois você merece mais que meus beijos desprovidos de emoção
meus orgasmos que não passam de catarse que meu olhar perdido noutro foco de contemplação...
- Ana Paula Mangeon·

quinta-feira, março 24, 2005

http://clararios.zip.net/, visitem esta pagina, muita sensibilidade, uma das melhores paginas de web. Eis;


SOMBRAS
QUE BELAS ,SEM ELAS NÃO EXISTIRIA O MEU TODO
MESMO ENORMEMENTE INTRAGÁVEIS ,MAS SOMBRAS
ESTAS EXISTEM ALÉM DE MIM.
Clara Rios

rene

segunda-feira, março 21, 2005

VOTO NULO

O Idelber Avelar é um dos mais lúcidos blogueiros que conheço. O cara é professor universitário em Tulane, nos EEUU há anos. Fala - e bem - de literatura, política, música, cultura em geral e... Clube Atlético Mineiro! Seu Biscoito Fino e a Massa é um dos blogs mais visitados, antes mesmo de completar 1 ano. Ou seja, se você não o conhece, saiba que está perdendo.
Desde o dia 18 passado, há menos de uma semana, começou uma enquete acerca da hipótese de considerarmos a opção de voto nulo, nas eleições de 2006. Tá dando pano prá manga! Eis as reflexões iniciais do Idelber:
1) o voto nulo, como movimento organizado da sociedade civil, pode ser uma forma legítima para que o eleitorado expresse seu descontentamento com a progressiva desaparição de toda a diferença entre os projetos políticos colocados na mesa;
2) o atual governo completa 27 meses não tendo melhorado nem um único mísero índice social, tendo aplicado a mesmíssima receita ortodoxa, monetarista e concentradora de renda do governo anterior e utilizado todos os seus métodos mais fisiológicos, inclusive com extensa evidência de acobertamento de crimes;
3) o Partido do Trabalhadores chega ao cabo de um processo de liquidação completa de sua democracia interna;
4) o quadro partidário brasileiro mostra a consolidação de dois blocos (PT junto com PL, PP, PC do B e PTB, do outro lado PSDB junto com PFL e PDT, com migalhas do PMDB caindo dos dois lados) absolutamente idênticos em sua política econômica, prática política e pautas (não)éticas;
Considerando tudo isso, não espanta que vários setores da sociedade civil e da blogosfera, incluindo o Biscoito Fino e a Massa, estejamos considerando participar de uma campanha cívica pelo voto nulo de protesto em 2006, não só para presidente como para os cargos legislativos também.
Não me cobrem, por favor, que eu saiba de antemão o que se conseguiria com uma acachapante, escandalosa porcentagem de votos nulos em 2006.
Não sei.
Mas uma multidão votando nulo de forma organizada pode produzir algum movimento.
Caso você seja contra, por favor poupe-me do cliché de que é importante votar em Lula para que a “direita” não volte ao poder. A direita está no poder. Se for criticar a iniciativa, eu sou todo ouvidos (ainda estou tomando minha decisão), mas apresente um argumento mais inteligente.
Eu confesso que morro de curiosidade: Você está também considerando a possibilidade de anular seu voto em protesto? Você participaria de uma campanha pelo voto nulo? Seria receptivo a ela?
Trata-se de uma questão muito importante.
Todos somos educados, desde a infância, a acreditar na força do voto para o exercício da democracia e que cabe aos políticos garantir e proporcionar condições de vida mais igualitárias para o cidadão. Pensar em voto nulo é quase uma heresia - na verdade, o Idelber não propõe o voto nulo, apenas traz à baila essa possibilidade, como protesto contra a continuidade da política neo-liberal pelo governo Lula. Idelber afirma:
Mas não acho que a decepção seja uma questão de “falhas” ou “falta de coragem” ou “de vontade” do governo . Leiam os comentarios do Biscoito Fino, assim como têm feito outras pessoas muito mais importantes do que este pobre escriba: Por exemplo, o Rafael Galvão, cujo post "Sobre o voto nulo" merece ser lido.

domingo, março 20, 2005

E por falar em paciência...

Paciência é o que o brasileiro tem que ter e de sobra, pra aturar as trapalhadas políticas do governo atual. A câmara de deputados parece cenário de uma peça “pastelão” onde o trágico e o cômico se encontram. A eleição para a presidência da câmara, disputadíssima, aconteceu a menos de um mês. O PT, disputou até com ele mesmo. E entre candidatos homéricos, vence um deputado de um partido quase nulo. Se fosse futebol, seria uma zebra daquelas! Nem situação, nem oposição. Um partido que tenta agradar a gregos e a troianos, dentro da câmara, claro. E vem conseguindo. Severino Cavalcante venceu com sobra de votos. Um espanto. Severino, nome de nordestino sofrido. Cara de nordestino bem do nordeste mesmo. Severino faminto que venceu, acreditem, prometendo dobrar o salário dos parlamentares. Não conseguiu. Seria um escândalo na câmara depois de toda a novela que se seguiu para aumentar o salário mínimo. O salário do povo. Daria muito nas vistas. Mas Severino não desistiu e todos os dias surge com novas propostas e disparates. Parece uma criança solta numa loja de doces. Quer encher os bolsos e não disfarça. Agora, Severino teve uma vitória. Conseguiu aumentar as taxas a serem gastas com as assessorias, que são os locais onde os políticos costumam empregar seus familiares por aqui. Isso, Severino, você conseguiu aumentar a renda familiar dos parlamentares! Severino aparece na tv dizendo que os deputados que não concordam com a proposta não devem receber. Concordo. Seria um exemplo e tanto de dignidade que julgo inexistente. Advinhem quantos vão fazer isso. Se alguém fizer, eu prometo que escrevo uma ode em sua homenagem e mordo a língua. Porque não concordar é uma coisa, mas entre o discurso e a realidade vai lá uma grande diferença, ainda mais neste terreno arenoso da política. O que mais me espanta e até me deixa encantado é a autenticidade de Severino em não esconder o que é. Cínico de menos? A política brasileira é que é cínica demais.
Puro cinismo camuflado em bandeiras de “para o povo e pelo povo”.

domingo, março 13, 2005

Razão Pura

"Eliminai, pouco a pouco, do vosso conceito de experiência de um corpo tudo que nele é empírico, a cor, a rugosidade ou maciesa, o peso, a própria impenetrabilidade; restará, por fim, o espaço que esse corpo (agora totalmente desaparecido) ocupava e que não podeis eliminar."
Introdução do livro Crítica da Razão Pura, de Immanuel Kant,
edição da Fundação Calouste Gulbenkian

quinta-feira, março 03, 2005

"O que vou ser quando crescer?"

"O que vou ser quando crescer?" Passamos muito tempo fazendo e ouvindo essa pergunta. A resposta podia até mudar com os anos, mas sempre havia um sonho, um projeto ou um desejo que ajudava a prever - ainda que transitoriamente - o futuro profissional de cada um de nós. Vivíamos em um mundo de transformações rápidas, porém incomparáveis à velocidade da Era Digital. Profissões desaparecem, outras são criadas. O que é carreira de sucesso hoje pode não ser amanhã. O mercado de trabalho encolhe e exige cada vez mais do jovem que busca o primeiro emprego ou tenta se manter nele.
O novo mundo do trabalho incorporou a tecnologia ao cotidiano dos empregados. Não basta saber utilizar equipamentos; é preciso saber como aproveitar ao máximo a potencialidade de cada máquina, de cada processo produtivo, de cada estratégia de mercado. Surge nas empresas um novo modelo de gerenciamento de recursos humanos baseado na valorização das competências do trabalhador. A forma de administrar e planejar os negócios passa a exigir maior participação de todos os funcionários - em uma troca constante de informações/saberes. Mas o que para alguns representa avanço na relação entre capital e trabalho, para outros revela a perda de poder de barganha dos trabalhadores e a ameaça aos laços de solidariedade criados no ambiente profissional. A polêmica está estabelecida.
O próprio conceito de trabalho sofre transformações. Quem pensar em profissão usando a lógica do século 20 criará um atalho para o desemprego ou, na melhor das hipóteses, para o subemprego. A figura do especialista em determinada área tende a desaparecer. O trabalhador pode até preferir desempenhar um leque específico de tarefas. No entanto precisará dominar técnicas que o qualifiquem para atuar não em uma profissão, mas sim em um campo profissional.
Em um mundo globalizado, o emprego - e o desemprego - também assumirá perfil planetário. O profissional de primeira linha será disputado por empresas transnacionais e poderá trabalhar em qualquer país. Sua mão-de-obra assumirá caráter imprescindível, independente das barreiras contra imigrantes estabelecidas pelas nações ou blocos econômicos.
É inquestionável que os avanços tecnológicos introduzem mudanças radicais no mundo do trabalho. No entanto essas mesmas transformações podem acirrar o quadro de exclusão social, só que com um novo perfil. O conceito de analfabetismo será ampliado. Não bastará apenas dominar os códigos da leitura e da escrita. Quem não souber utilizar, por exemplo, o computador estará fora do mercado de trabalho e terá dificuldades até mesmo para o exercício pleno da cidadania. O cyberanalfabetismo será uma das mais graves manifestações da exclusão social no século 21.
http://www.multirio.rj.gov.br/seculo21

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