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René Queiroz

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quinta-feira, novembro 25, 2004

Brasil apóia a farsa do Haiti

A aliança estratégica de Lula com Bush passou dos limites desta vez O Brasil enviará 1.100 militares ao Haiti. A tropa vai liderar a força internacional de paz (integrada por contingentes estadunidenses, franceses, canadenses e dos países do Caribe) que vai atuar no Haiti, na chamada "segunda fase da ajuda multinacional", aprovada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas. "O presidente Lula disse que o Brasil fica honrado com essa indicação e que está à disposição das Nações Unidas tanto para o envio de tropas como para o comando", disse o porta-voz da Presidência, André Singer, quinta-feira, dia 4 de março. Qual o significado do papel que o Brasil é levado a assumir, do ponto de vista de sua estratégia de política externa? Para responder, é necessário identificar os interesses de outros países sobre a região, em particular o jogo dos Estados Unidos. Não por acaso, a revolta no Haiti eclode agora, quando Washington aumenta as pressões sobre a Venezuela e multiplica as ameaças de invasão de Cuba. O Haiti ocupa um lugar central no mapa geopolítico do Caribe: é o cenário ideal para uma base militar permanente dos Estados Unidos. Nem é preciso teorizar muito sobre o asunto. Basta olhar o mapa. Além disso, a localização do Haiti permite o controle mais eficaz do narcotráfico. Como observa o economista canadense Michel Chossudovsky , desde que o Euro tornou-se uma moeda de referência internacional, uma boa parte dos narcodólares tornou-se narcoeuros, assim contribuindo para enfraquecer a hegemonia mundial da moeda estadunidense. A criação de uma eventual "narcodemocracia" no Haiti, sustentada pela Casa Branca, garantiria aos barões de Wall Street o controle do "corredor da cocaína" produzida na Colômbia e vizinhos. Claro que o povo do Haiti tem suas razões para revoltar-se: fome, miséria, brutalidade policial. O Departamento de Estado de George Bush soube aproveitar-se do repúdio generalizado a Jean-Bertrand Aristide, para patrocinar um golpe de Estado, enviar os seus soldados ao país e garantir a posse de um novo governo, mais eficaz e útil aos propósitos da Casa Branca. Nesse quadro geral, o Brasil é chamado a liderar a "força multinacional de paz". Guardadas as devidas diferenças, e feitas todas as ressalvas, o Brasil sentiu-se "honrado" por fazer parte da grande farsa, tanto quanto a Polônia, ao aceitar liderar uma parte das "forças de paz" que ocupam o Iraque, como reconhecimento pelo apoio sem hesitação que o país deu à invasão de Bagdá (os outros dois "líderes" são os Estados Unidos e a Grã-Bretanha). Os diplomatas do Itamaraty não podem alegar "desconhecimento" dos óbvios objetivos estratégicos dos Estados Unidos, nem da participação da CIA na articulação do golpe que depôs Aristide. Caso o façam, que peçam demissão por incompetência. Por quê, então, o Brasil aceitou um papel tão infame? A resposta está nos objetivos estratégicos da política externa de Lula, que vê o Brasil como uma potência regional, com vocação para liderar um bloco do Terceiro Mundo, no quadro da economia globalizada. O norte dessa estratégia, o eixo que dá coerência ao conjunto das ações diplomáticas do Brasil, é a obtenção de um assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas (no caso da Polônia, para manter a nossa analogia, a cartada é outra: Varsóvia procura mostrar-se um parceiro "confiável" de Washington, no quadro da disputa entre Estados Unidos e Alemanha pelo controle da Europa central, cuja vocação "natural" é ser zona do euro). Assim, em nome de supostos "interesses de Estado", o governo brasileiro aceita coonestar um golpe de Estado promovido pela CIA. E mais: finge acreditar, de forma totalmente ridícula, que de fato vai "liderar" uma força multinacional... Impossível, nesse ponto, não parafrasear o nosso grande poeta Castro Alves, em seu "Navio Negreiro": "Existe um governo que a bandeira empresta/Para cobrir tanta infâmia e cobardia"...

José Arbex Junior

quarta-feira, novembro 24, 2004

TORQUATO NETO

a) A virtude é a mãe do vício
conforme se sabe;
acabe logo comigo
ou se acabe.

b) A virtude e o próprio vício
- conforme se sabe -
estão no fim, no início
da chave.

c) Chuvas da virtude, o vício,
conforme se sabe;
é nela própriamente que eu me ligo,
nem disco nem filme:
nada, amizade. Chuvas de virtude:
chaves.

d) (amar-te/ a morte/ morrer:
há urubús no telhado e carne seca
é servida: um escorpião encravado
na sua própria ferida, não escapa: só escapo
pela porta de saída).

e) A virtude, a mãe do vício
como eu tenho vinte dedos,
ainda, e ainda é cedo:
você olha nos meus olhos
mas não vê nada, se lembra?

f) A virtude
mais o vício: início da
MINHA
transa, início, fácil, termino:
"como dois mais dois são cinco"
como Deus é precipício,
durma,
e nem com Deus no hospício
(durma) nem o hospício
é refúgio. Fuja.

terça-feira, novembro 23, 2004

Régis Bonvicino

Uma idéia

palavras não matam
nem provocam inverno atômico
e na voz do poeta
(abelhas na colméia)
podem até conter uma idéia...

Por que temos que sair do Haiti...

O apoio militar brasileiro à intervenção em área em que o Brasil não tem sequer interesses nacionais logisticos, apresentou-nos ao mundo, não como arremedo de grande país, mas como nação satélite, disposta a saltar, obediente, segundo às ordens estadunidenses.
O próprio ingresso como membro permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas é contrário aos interesses do Brasil. Tal posição ensejaria o compromisso pelo Brasil de financiar, com recursos e homens, as operações de domínio mundial, sem real possibilidade de interferir nas decisões tomadas.
É segredo de polichinelo que o eventual ingresso do Brasil, como membro permanente, no Conselho de Segurança das Nações Unidas, ao lado da Alemanha, Índia, Japão, etc, se dará sem o poder de veto, que permanecerá sendo monopólio das potências vencedoras da II Guerra - USA, Rússia, França, Inglaterra e China.Pagando a conta pro patrão. No Haiti, o Brasil já está empregando recursos humanos e materiais nacionais em defesa da política USA. É do desconhecimento quase geral da população brasileira que os gastos da intervenção nacional, orçados inicialmente em 160 milhões de reais, será financiado em maior parte pelas burras do Brasil.
Paradoxalmente, há poucos meses, o presidente Lula propôs não haver condições econômicas para elevar o salário mínimo além dos miseráveis 261 reais - pouco mais de sessenta euros -, precisamente por faltarem recursos. Enormes cortes federais nos investimentos na educação, na saúde, etc. foram apoiados no mesmo argumento.
A retirada imediata das tropas brasileiras do Haiti é decisão imprescindível para a manutenção da autonomia nacional diante das exigências imperialistas estadunidenses. Constitui ato de respeito ao direito inalienável de autodeterminação dos povos e das nações, em geral, e do sofrido povo haitiano, em especial, compromisso com o qual o Brasil não pode faltar.
A retirada das tropas de intervenção no Haiti trata-se de medida a ser executada sem delongas, antes que os jovens militares, obedecendo a ordens de governantes irresponsáveis, manchem as mãos brasileiras com o sangue haitiano e o solo daquele triste e humilhado país com o sangue brasileiro.
Mário Maestri, 56, é historiador

segunda-feira, novembro 22, 2004

Abobrinhas, não...

Cansei de ouvir abobrinhas
vou consultar escarolas
prefiro escutar salsinhas
pedir consolo às papoulas
e às carambolas
pedir um help ao repolho
indagar umas espigas
aprender com pés de alho
ouvir dicas das urtigas
e dessas tulipas
um toque pro miosótis
um palpite do alpiste
uma luz da flor de lótus
pedir alento ao cipreste
e pra dama da noite
pedir conselho à serralha
sugestão pro almeirão
idéias para azaléias
opinião para o limão,
pimentão
abobrinhas não

domingo, novembro 21, 2004

da Midia e do Poder...

Mídia e poder
Michel Focault, nos chama atenção em seu livro “A história da sexualidade...”, para o fato de que em nossa cultura, a proibição, além ou por causa do fascínio que exerce, faz-se geralmente acompanhar de uma proliferação discursiva. É o caso da sexualidade, e também o da agressividade . Estamos percebendo que a proliferação discursiva sobre a agressividade humana, cada vez ganha mais espaço na mídia. Por que a mídia veicula tanta destrutividade através de sua programação? Será porque assim ela reflete a agressividade que se encontra latente em sua clientela? Podemos dizer, que a mídia é uma grande divulgadora da agressividade humana, pois assistindo um canal de notícias na televisão , o espectador vai percorrer um mundo em que a agressividade dá show, velada ou não, é notícia, torna-se espetáculo. Hoje, os noticiários, refletem um mundo repleto de disputas e violência: guerras, atentados, imagens de um único indivíduo apanhando geralmente de pequenos grupos uniformizados, a política da violência, a violência política, suicídios e execuções ( legais ou não ) são alguns exemplos.
As execuções públicas, na época clássica tinham poder de espetáculo e sempre deram vazão à dramaticidade que às vezes acompanham as pulsões agressivas. Michel Foucault, descreve em “Vigiar e Punir”, o quão cruel podiam ser os suplícios impingidos pela punição através do castigo-espetáculo ocorridos até o final do século XVIII e início do século XIX. Atualmente, continuamos às voltas com o crime-espetáculo, que de certa forma não deixa de ser no essencial uma variação do mesmo espetáculo, o espetáculo da agressividade que na época clássica, ocorria em praças públicas. Atualmente, através dos meios de comunicação ela acontece na privacidade acolhedora da casa do sujeito.
É fácil notar como os meios de comunicação servem de suporte, investem e enriquecem as notícias sobre violência, em seu poder de sedução através do espetáculo. Essas notícias são o prato principal e predileto da mídia, que sabe que os patrocinadores sabem que essas informações refletem a agressividade do sujeito e exercem um tipo de atração que se mantem através da intensificação e reprodução das notícias sobre violência. A avalanche desse tipo de notícia acaba banalizando, quase que absorvendo e assimilando o roubo, o assassinato, o estrupo no nosso dia a dia da atualidade.

terça-feira, novembro 16, 2004

Leminski

eu quando olho nos olhos
sei quando uma pessoa
está por dentro
ou está por fora
quem está por fora
não segura um olhar
que demora
de dentro de meu centro
este poema me olha


passos lentos
escrevem
VONTADE DE CHEGAR
precisa andar
como quem já chegou
chega de chegar
depressa
é muito devagar

segunda-feira, novembro 15, 2004

do Trabalho...

Já é hora de as empresas perceberem que vivemos numa nova sociedade.
Esta nova era, nova ordem ou nova civilização, os produtos mais consumidos já não dependem mais do esforço físico, mas, sim sobretudo, do esforço mental.
Vivemos hoje na era da informação, do entretenimento (o que levou o grande pensador Guy Debord a falar em Sociedade do Espetáculo), do design e da estética.
Tudo isto para ser produzido exige o quê? Idéias, intuição, visão... e, portanto, criatividade.
Este dramático momento - em que estamos vivenciando uma mudança de paradigmas em direção a uma nova ordem geo-política-econômica e social - exige de nós uma maior motivação no sentido de ativar a criatividade para mantermos o emprego ou obter um posto nesta sociedade da exclusão em que vivemos.
Quem percebeu isto, ainda recentemente, foi o sociólogo italiano Domenico de Masi.
Ele - em seu livro A Sociedade Pós-Industrial e o Ócio Criativo - associou essas exigências da nova época ao maior tempo livre de que dispomos por conta da exclusão promovida pela globalização, alimentada pela revolução tecnológica, na qual estamos agora até ameaçados da exclusão do pensar...
De Masi percebe o maior número de horas livres que passaremos a ter e lembra que, em outros tempos, em que isto também se deu, este tempo livre foi bem aproveitado para o crescimento intelectual e organizacional do homem.
Foi assim, por exemplo, que surgiu a escola. E é exatamente por meio da escola que devemos conscientizar nossos profissionais para que saibam desfrutar do tempo livre para o pensar e o criar.
A criatividade é que nos leva hoje a buscarmos algo que todas as empresas na sociedade Pós-industrial precisam obter e que recebe a denominação de inovação.
É de Gary Hamel, um dos maiores nomes da administração moderna, a sentença: “Você não consegue criar mais lucro sem criar novas receitas.
Se quiser gerar riqueza, a empresa tem de inovar”.
E Eduardo Ferraz nos diz: “A velha prática de copiar processos e importar tecnologia tende a não dar certo com o aprofundamento da globalização.
Somente com produtos e serviços diferenciados é que nossas empresas conseguirão ganhar os mercados lá fora”.
O Brasil ainda infelizmente padece de um enorme atraso neste setor.
Em relação a inovação tecnológica estamos engatinhando.
Daí a necessidade premente de incentivar a criatividade na escola, na empresa e na própria administração pública. Para isto, ela se faz necessária desde a idade mais precoce.
Só para se ter uma idéia, em 2001, as empresas brasileiras obtiveram a concessão de 125 patentes no Escritório de Patentes e Marcas dos EUA. Nesse mesmo período, a Coréia do Sul obteve 3763 registros e Taiwan 6545.
A inovação baseada nas idéias e na criatividade não se limita apenas a produtos.
É possível também inovar em diversos campos: desde os processos de fabricação, as relação com os mercados e a convivência no ambiente de trabalho.
Perguntados sobre como é possível incentivar o potencial criativo das empresas aos líderes mais criativos e inovadores da atualidade responderam: “faça da criatividade uma norma” (Craig Wynnett); “não tenha medo do futuro” (Michael Dell): “combine paciência com paixão”. (John Talley).
Nesta última fórmula está a origem da verdadeira motivação para buscar a criatividade e chegar a inovação; quando se tem paixão tem-se motivação, persistência e determinação...Celso Campos, professor de Marketing da Fundação Getúlio Vargas, publicou um livro primoroso, A Organização Inconformista (Editora Fundação Getúlio Vargas), no qual ele procura mostrar para as empresas qual o caminho para vencer na economia globalizada.
O segredo, segundo Campos, está em um modelo de organização inspirado no inconformismo e em funcionários necessariamente inconformistas e portanto mais criativos.

sábado, novembro 13, 2004

Anjo Exterminado

Quando você passa três, quatro dias desaparecida
Me queimo num fogo louco de paixão
Ou você faz de mim alto-relevo no seu coração
Ou não vou mais topar ficar deitado
Um moço solitário, poeta benquisto
Até você tornar doente, cansada, acabada
Das curtições otárias
Quando você passa três, quatro dias desaparecida
Subo desço, desço subo escadas
Apago acendo a luz do quarto
Fecho abro janelas sobre a Guanabara
Já não penso mais em nada
Meu olhar vara vasculha a madrugada
Anjo exterminado
Olho o relógio iluminado anúncios luminosos
Luzes da cidade, estrelas do céu
Me queimo num fogo louco de paixão
Anjo abatido
Planejo lhe abandonar
Pois sei que você acaba sempre por tornar ao meu lar
Mesmo porque não tem outro lugar onde parar

Não se surpreenda, o mundo é assim... Posted by Hello

sexta-feira, novembro 12, 2004

A palestina sem Arafat

Arafat viveu e morreu com o seu povo. Passou os últimos anos cercado pelas tropas de ocupação israelense, como seu povo. Morreu com esperança de que um dia o Estado palestino exista, como seu povo. Que a morte de Arafat sirva para redespertar a capacidade de indignação de todos sobre a sorte desse povo.
Yasser Arafat morre, sem que possa realizar seu sonho – ser enterrado em Jerusalém, como capital do Estado palestino. Os palestinos se despedem de Arafat, sem poder fazê-lo com um Estado palestino reconhecido.
Arafat personificou a luta de resistência palestina contra a ocupação do seu território e sua morte deixa os palestinos sem um líder reconhecido por todos e seu representante internacional. Os palestinos ficam órfãos de um dirigente legitimado por sua trajetória e a luta por um Estado coloca novos desafios.
Arafat foi guerrilheiro, junto a seu povo, que o erigiu como seu maior líder. Arafat levou os palestinos a terem o direito a seu Estado reconhecido pela ONU. Arafat conseguiu pôr em prática uma estratégia que levou ao isolamento internacional de Israel.
Arafat viveu e morreu com o seu povo. Passou os últimos anos cercado pelas tropas de ocupação israelense, como seu povo. Viveu sob a ameaça das “bombas inteligentes” de Israel, como seu povo. Morreu com esperança de que um dia o Estado palestino exista, como seu povo.
Arafat dirigiu seu povo na guerra e na paz. Nunca abandonou seu povo. Sofreu as armadilhas de planos de paz que nada tinham a oferecer aos palestinos. Teve esperanças com os Acordos de Oslo e viu, junto com seu povo, a sabotagem desses acordos, com a multiplicação de colonos israelenses nos territórios ocupados da Palestina.
A luta dos palestinos e os sonhos de Arafat sobrevivem a Arafat. A humanidade precisa pagar sua dívida com o povo mártir da Palestina. Que a morte de Arafat sirva para redespertar a capacidade de indignação de todos sobre a sorte desse povo – ocupado, humilhado, dominado, massacrado –, mas nunca derrotado. O povo de Arafat, os vietnamitas do século XXI.

segunda-feira, novembro 08, 2004

Ao povo da Tam marilia em Jundiaí....

Em tempos de mudanças, os que aprendem herdam a terra, enquanto os que já aprenderam encontram-se extraordinariamente equipados para lidar com um mundo que não mais existe...

domingo, novembro 07, 2004

Alice Ruiz poeta preferida...

tem palavra
que não é de dizer
nem por bem
nem por mal

tem palavra
que não é de comer
que não dá pra viver
com ela

tem palavra
que não se conta
nem p'rum animal

tem palavra
louca pra ser dita
feia bonita
e não se fala

tem palavra
pra quem não diz
pra quem não cala
pra quem tem palavra

tem palavra
que a gente tem
e na hora H
falta

Uma homenagem aos amigos de trabalho deste domingo em Jundiaí. Posted by Hello

Bem Baixinho, é Luiz Tatit...

Gosto dela meio velha assim mesmo
Ainda ontem eu comentei com meu amigo
Ela é meio velha mas é tão bonita!
E ele disse: puxa! é mesmo!
Ela é assim meio velha mas é tão bonita!
E é uma beleza espontânea e natural
Não tem medo de dizer
Que está amando outra vez
E não diz de qualquer jeito, não
Num momento que você está atento
Ela cochicha baixinho e tão pertinho
Que só pode ser você dessa vez
Essa nação é assim mesmo,
Grandalhona, meio velha, mas uma musa e tanto
E quando você menos espera ela diz:
Estou livre outra vez!

sábado, novembro 06, 2004

QUESTÃO DE ORDEM

QUESTÃO DE ORDEM
MAURO SANTAYANA
5/11/2004

A derrota do PT foi a vitória do PT
A grande lição de São Paulo e de Porto Alegre é a de que, em política, o compromisso com as idéias costuma ser mais forte do que o compromisso com a conveniência. Se o partido for capaz de examinar a sua história, é possível que venha a recuperar a sua bandeira ideológica. Mas isso parece agora difícil.

A derrota do PT foi a vitória do PT: a grande lição de São Paulo e de Porto Alegre é a de que, em política, o compromisso com as idéias costuma ser mais forte do que o compromisso com a conveniência. Sendo assim, o PT que surgiu, na realidade brasileira, com a mensagem do inconformismo, manifestou o seu desagrado com o PT que, chegando ao poder, tornou-se conservador, a fim de evitar os riscos da coerência. Se o partido for capaz de examinar a sua história, é possível que venha a recuperar a sua bandeira ideológica. Mas isso parece agora difícil.
O ajustamento psicológico dos trabalhadores ao poder tem precedente histórico importante: a metamorfose de certos dirigentes, tanto na União Soviética quanto nos países que se tornaram socialistas depois da Segunda Guerra Mundial. Nesse sentido, o documento mais importante do movimento de 1968 em Praga foi o informe ao Congresso dos Escritores tcheco-eslovacos, redigido por Ludvík Vaculík (pronuncia-se va-tsu-líque), sob o título de “O Conceito Marxista do Poder”.
No papel redigido por Vaculík se mostra como o conforto e a pompa do poder alteram a visão do mundo de alguns dos velhos trabalhadores. Não há receita contra essa enfermidade, a não ser a vigilância permanente do partido. Mas os dirigentes costumam também infeccionar o partido, mediante a corrupção de muitos de seus quadros. Isso ocorreu na União Soviética, sob Stálin, e voltou a ocorrer, de forma fatal, sob Gobartchev.
Isso não ocorre no governo Lula, mas é fora de dúvida que muitos se deixaram encantar pelas luzes do governo. Por isso, o partido vem perdendo seus militantes mais aguerridos, que buscam alternativa à esquerda, e seus simpatizantes, que, desencantados, passaram a votar em partidos que se identificam no centro ideológico (embora sejam todos conservadores ou neoliberais). A derrota em São Paulo e em Porto Alegre, e o resultado eleitoral de Fortaleza, advertem o partido para que recupere a sua identidade ou a ela renuncie. Se renunciar aos seus ideais de há 25 anos, o PT terá que disputar com os tucanos o espaço da social-democracia, identificada por Lenine como a fiel gerente da burguesia.
Esse é o dilema do PT, depois da derrota em São Paulo e em Porto Alegre. Muitos advogam renovação no comando partidário, de forma a substituir o núcleo duro do PT, constituído de paulistas e gaúchos, por nova direção, que atenda à realidade federativa do País. Isso poderá recuperar o pensamento político do PT, mas não parece fácil reduzir, no comando partidário, a presença dos paulistas, que fundaram a agremiação. A menos que haja franca insurreição partidária, com a aquiescência de Lula, e que se realize um congresso extraordinário, a fim de definir formalmente a linha ideológica do partido e o seu programa de governo. Essa linha ideológica e esse programa continuam sendo os de seu compromisso histórico, posto que não foram derrogados por uma convenção ou congresso. Mas a atual direção partidária vem exigindo fidelidade aos novos caminhos, delineados a partir das alianças de governo. Muitos petistas querem a realização do encontro, de acordo com as normas conhecidas, para que o partido aceite a coabitação com a direita ou a rejeite de maneira clara e definitiva.

A los militares...Ainda não são muito claras as versões para a saída do ministro Viegas. Fontes bem informadas indicam que o desencontro entre o embaixador e os militares precede o episódio da nota infeliz do Centro de Comunicações do Exército. Os militares gostam de obedecer, mas de obedecer aos que sabem mandar. Sua religião é a da ordem hierárquica e, segundo algumas informações, que já circulavam em Brasília, faltava a Viegas as qualidades de mando. O ex-presidente da Argentina, Arturo Illia, resumiu bem as coisas, ao afirmar que “a los militares o se les mandan, o se los obedecen”. Ao que parece, Viegas não sabia mandar, nem estava disposto a obedecer.
Na sugestão de texto constitucional oferecida por Thomas Jefferson aos revolucionários franceses havia um artigo (ao que parece, o segundo) determinando que toda autoridade militar estivesse submetida a uma autoridade civil. Mas, no Brasil, esse cuidado não houve, desde o início da vida independente: a monarquia sempre deu poderes políticos aos militares, desde que Pedro I os mandou reprimir os revolucionários da Confederação do Equador, concedendo-lhes, entre outras, a prerrogativa de julgar os insurrectos. Contemporâneo preocupado dos fatos, Bernardo Pereira de Vasconcelos advertiu que aquele era um grave precedente – e a História confirmou os seus temores.
Resta saber como agirá José Alencar. De todo modo, parece não ter sido boa a experiência de um Ministério da Defesa. Talvez tivesse sido melhor deixar a cada arma o seu próprio ministério. É de se lembrar o que fez Juscelino, ao comprar um porta-aviões: enquanto a Marinha e a Aeronáutica discutiam quem deveria pilotar as aeronaves, ele pôde construir Brasília.

Paco de Lucia Posted by Hello

quinta-feira, novembro 04, 2004

Gilberto Vasconcellos é o maximo..

Aprecio sobremaneira os textos deste meu guru, ainda me tornarei limpo e enxuto como ele...


Síndrome do olho gordo e do mau-olhado

Um Olhar a Mais312 págs., R$ 33,00 de Antonio Quinet. Editora Jorge Zahar

O psicanalista Antonio Quinet dá um banho de conhecimento na assimilação crítica da vida e obra de Jacques Lacan (1901-81), o célebre francês continuador de Sigmund Freud. Outra vez ainda Lacan na cultura brasileira. Este livro, "Um Olhar a Mais", não é apenas destinado aos especialistas da área "psi". Trata-se de uma reflexão sobre o olho e o olhar desde a caverna de Platão até a "Casa dos Artistas" e o "Big Brother Brasil". O lugar do ver e do ser visto, tal qual concebido por Freud e Lacan, além de Michel Foucault e o cinema de Wim Wenders, com o foco no "video ergo sum", ou seja: vejo, logo existo. A visibilidade é o imperativo do espetáculo. A necessidade de ser visto pelo outro. O minuto de fama. Eis o mandamento do gozo contemporâneo: sorria, você está sendo filmado. O índice de audiência requer o olho. O cidadão é um "televoyeur". O exibicionismo converte o horror em algo excitante. Ratinho. "Linha Direta" . Talks shows.
A intimidade em clima pornô. Tudo deve sair do armário para ser visto. Não há intimidade nem segredo. Tudo escancarado conforme o "espetáculo obsceno da banalidade". O olho doente. Mas é o olho que elege os políticos. Este quadro cultural o autor denomina "sociedade escópica", da qual o Brasil não escapa. Padecemos do mal-olhar da civilização.
A sociedade escópica é aquela em que o olho videofinanceiro faz a lei e o Estado, de modo cada vez mais totalitário e panóptico: vigilância global.
É o olho policial -"algemas eletrônicas, escuta ambiental"-, o olho domiciliar e punitivo que toma conta de tudo e para o qual não há esconderijo. O ideal de "transparência", supostamente de esquerda, acaba por reforçar o vigiar e o punir, contribuindo para a despolitização da sociedade.
Escreve Antonio Quinet: "A transparência é o grande inimigo da política". Mostre-se. Seja uma celebridade. Exiba. A "vida se transforma numa novela. Filme ou novela, lá estão o olhar da câmera e do espectador fixado na tela, telinha ou telão". O ponto alto deste livro para o entendimento da sociedade brasileira é a reflexão sobre a síndrome do mau-olhado -o olho gordo, o olho seca-pimenteira-, vinculada à inveja e ao ciúme. Assim funciona a dialética do mau-olhado: "O bem-visto é olhado pelo mal e o que é bem olhado é vítima do mau-olhado". Como dispositivo defensivo, usa-se de amuletos e das plantas "comigo-ninguém-pode" e "espada-de-são-jorge". Embora em geral as mulheres sejam portadoras de mau-olhado, essa síndrome medra em sociedades dominadas pelo patronato personificado. Latifúndio. Máfia. Banditismo. É que em tais sociedades prolifera um sentimento generalizado da falta de ter ou de ser. Mesmo o sujeito bem situado socialmente não pode gozar de seus bens diante do "olhar ávido". O olhar pidão dos pobres e miseráveis. De olho na substância do prato de comida. Estranha simbiose da fome com o olho gordo. A paranóica sociedade brasileira não consegue gozar em nenhum de seus escalões sociais: tanto faz em cima quanto embaixo.O excelente livro de Antônio Quinet é a prova de que, por estas bandas, Lacan está sendo deglutido antropofagicamente, isto é, assimilado em razão do nosso espaço e do nosso tempo.
Gilberto Vasconcellos é sociólogo

terça-feira, novembro 02, 2004

Escovar os dentes da Bunda...

Sei que este mundo existe, que estou nele, como o meu olho no meu campo visual, que nele algo é problemático, a que chamamos o seu sentido.

Wittgenstein

Blue Eyes

blue eyes Posted by Hello


dexter gordon Posted by Hello

Não é possivel... a missão?

Projeto de deputado do Prona propõe ``cura`` da homossexualidadeProjeto contra homossexualidade mobiliza entidades no Rio de JaneiroRecentemente, duas comissões da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) foram favoráveis ao projeto de lei nº 717/2003, que prevê a criação, pelo governo estadual, de um programa de auxílio às pessoas que, “voluntariamente, optarem pela mudança da homossexualidade para a heterossexualidade”. Segundo o parecer da Comissão de Saúde, assinado pelo deputado Samuel Malafaia, “homem e mulher foram criados e nasceram com sexos opostos para se complementarem e se procriarem (sic). O homossexualismo, apesar de aceito pela sociedade, é uma distorção da natureza do ser humano normal”, diz o relatório. No parecer do relator da Comissão de Constituição e Justiça, deputado Domingos Brazão, “a proposição é de relevante cunho social”. Frente a esta argumentação, insustentável do ponto de vista da medicina, da psicologia, das ciências humanas e sociais e dos direitos humanos, um abaixo-assinado foi organizado no sentido de pressionar os deputados estaduais a rejeitarem o projeto.

http://www.pstu.org.br/gayslesb_materia.asp?id=2596

Não é possivel...

Deputado pede no TCU anulação da compra do avião novo de Lula O deputado federal José Carlos Machado (PFL-SE) entrou com representação no Tribunal de Contas da União (TCU) pedindo a anulação da compra do novo avião presidencial, um Airbus ACJ no valor de R$ 170 milhões. Segundo o pefelista, o governo apresentou execução orçamentária muito superior aos limites autorizados pela Lei. De acordo com dados do Siafi (Sistema Integrado de Administração Financeira), o valor inicial previsto para a compra do avião foi de R$ 30,5 milhões. Até o dia 9 de agosto deste ano, no entanto, foram empenhados R$ 92 milhões. "É importante frisar que o dinheiro público não pode ser empregado indevidamente. Trata-se de liberação ilegal de recursos públicos. Ademais, o valor empenhado é muito superior ao autorizado", observa. O deputado argumenta que o valor a ser liberado, de R$ 61 milhões, é o dobro do valor autorizado pela lei. "Isso configura a execução de despesas não autorizadas por lei, o que dá ensejo a um processo de apuração do TCU". Devido a isso, o pefelista solicita a apuração de supostas irregularidades na liberação de crédito. A lei, informa Machado, prevê reclusão de um a quatro anos, como pena para quem ordenar despesa não autorizada por lei. www.diegocasagrande.com.br

Politica

Agencia Carta Maior
O MUNDO PELO AVESSO
EMIR SADER
31/10/2004
Por que os EUA não são uma democracia
Ganhe Bush ou Kerry no dia 2, com maior quantidade de votos ou só maioria no Colégio Eleitoral, não será um presidente eleito democraticamente. Explica-se: a parcela de eleitores que irá votar não definirá por maioria simples quem vai governar o país mais influente do mundo.
A maior evidência da eleição nos Estados Unidos é que não se trata de uma democracia. O princípio fundamental do liberalismo – cada cabeça um voto – não existe naquele lá. Na eleição anterior, triunfou um presidente que teve menos votos que seu oponente. Pode ocorrer o mesmo na disputa da próxima terça-feira (2). Isto é, pela segunda vez consecutiva a maioria dos eleitores pode não fazer prevalecer sua vontade, tendo que se sujeitar a ser governados pela minoria dos estadunidenses.
Mais do que isso: os partidos políticos não servem para promover o direito de cidadania dos indivíduos, mas se constituem em filtros que só permitem que se candidatem os que contarem com o apoio dos grandes grupos econômicos do país. Basta dizer que para participar das eleições internas dos grandes partido nos 50 Estados do país, o candidato precisa dispor de muitos milhões de dólares, para poder estar presente no Estado, fazer campanha e poder ter um resultado que o credencie a concorrer à presidência. Não por acaso são membros das mesmas elites tradicionais – do leste ou do oeste – os que se sucedem na presidência do país. Como diz Millor Fernandes – é certo que Lincoln, um lenhador, chegou a ser presidente dos EUA, mas desde então nenhum outro lenhador chegou minimamente perto de ocupar esse cargo. Agora, pela primeira vez na história dos EUA, pode ser eleito o primeiro senador negro.
Esta campanha eleitoral bateu todos os recordes de financiamento das campanhas. A não existência de horário gratuito na mídia faz com que as candidaturas tenham de pagar por esses horários, o que se constitui em um negócio milionário para as empresas de comunicação – revelando porque ela é contra o horário eleitoral por aqui. Isso obriga que as campanhas tenham de ter arrecadações bilionária e elimina quem não consiga esses recursos.
Tudo isso impede os EUA de dar lições de democracia ao resto do mundo, de classificar quem é e quem não é democrático no mundo. Tudo isso impede os EUA de qualificar um regime de qualquer outro país como ditatorial, totalitário ou tirânico. Foi necessário que Bush vencesse com minoria e agora possa se repetir isso, para que se iniciasse o debate sobre a eventual possibilidade de implantar no país o princípio do voto majoritário.
Mesmo assim, o império do dinheiro e das grandes corporações é determinante nas eleições, definindo com um caráter de classe aberto quem exerce o poder nos EUA. Como podem cientistas políticos e outros afins continuar a eleger esse país como referência de democracia política? Como podem os editorias da grande imprensa se referirem ao sistema político estadunidense como uma democracia, como uma referência para outros países?
Ganhe Bush ou ganhe Kerry, com maior quantidade de votos ou apenas maioria no Colégio Eleitoral, não será um presidente eleito democraticamente. Até porque devem votar menos da metade dos eleitores. E estes não definirão por maioria simples quem governará o país que mais influência tem no mundo.

Emir Sader, professor da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), é coordenador do Laboratório de Políticas Públicas da Uerj e autor, entre outros, de “A vingança da História".

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QUESTÃO DE ORDEM
MAURO SANTAYANA
29/10/2004
A rinha e a arena
A população começa a ver na Polícias Federal mais qualidades do que defeitos. E uma dessas qualidades é a de não se curvar à suposta importância de certas pessoas. Assim foi com a prisão de Duda Mendonça numa rinha e a apreensão de documentos de Daniel Dantas e Carla Cicco.
A Polícia Federal não é uma corporação de santos guerreiros: de vez em quando se descobrem escândalos envolvendo alguns de seus integrantes. Mas a população começa a ver na instituição mais as suas qualidades do que os seus defeitos. E uma dessas qualidades é a de não se curvar à suposta importância de certas pessoas. Assim foi com a prisão do Sr. Duda Mendonça em uma rinha, assim foi com a apreensão de documentos da empresa Kroll, do Sr. Daniel Dantas e da Sra. Carla Cicco.
Tanto em um caso como no outro, trata-se de fazer valer a lei. Não cabe à Polícia discutir se a lei é boa ou má; cabe-lhe velar para que seja aplicada. Maquiavel que, ao contrário do que se pensa, era intransigente defensor da ética política, adverte que se aceitarmos a violação da lei (ele fala especificamente da Constituição) por uma razão justa, teremos que aceitá-la por qualquer outra razão. A lei proíbe briga de galos: que a lei seja cumprida. O Sr. Mendonça, em nome de sua notoriedade, queixou-se, e disse que não fazia nada de mais. Fazia, sim: violava a lei.
No caso do Sr. Dantas não se trata de uma peleja de galináceos, mas de uma disputa de predadores de grande porte. O Sr. Dantas surgiu no mercado financeiro com o mesmo apetite com que os gaviões caem sobre os ninhais de passarinhos. Em poucos anos, com o controle de parcelas minoritárias de capital, conseguiu meter-se em todos os negócios rendosos do País, mas, sobretudo, dos rendosos negócios da privatização dos últimos dez anos. Tal era a sua desenvoltura no governo passado que foi um dos últimos convivas do Sr. Fernando Henrique no Palácio da Alvorada. Já nas vésperas da posse de Lula, o presidente o recebeu, para um jantar a dois. Não se sabe do que trataram, mas, naquelas horas, como se divulgou, o eminente sociólogo cuidava de alicerçar o Instituto que leva o seu nome, e passava o chapéu entre os seus amigos.
Não interessa ao povo brasileiro saber quem tem razão na disputa entre a Telecom Itália e a Brasil Telecom, embora tudo indique que o banqueiro baiano tenha dado uma rasteira em seus sócios peninsulares. Dar rasteiras era prática usual entre os privatizadores, conforme as conversas telefônicas gravadas entre o Sr. Mendonça de Barros e o Sr. Ricardo Sérgio. Não interessa, porque, na realidade, eles se uniram para adquirir o imenso patrimônio que adquiriram a preço de banana. Para nós não há, essencialmente, diferença entre os srs. Dantas e Demarco.
Alguma coisa está realmente mudando neste País, e graças à aliança entre o Ministério Público e a Polícia Federal. Cometem-se exageros? Cometem-se. Mas, na defesa do interesse nacional e do patrimônio público, é preferível o exagero, que pode ser corrigido pela Justiça, do que a omissão dos tempos recentes. A Polícia Federal, com seus atos, está dizendo a todos que, diante da lei, não há amigos do Príncipe (como é o caso de Duda), nem milionários (como é o caso de Dantas).
O famoso bandoleiro Antonio Silvino dizia que nunca vira na cadeia ninguém com mais de cinqüenta mil reis no bolso. Já estamos começando a vê-los.

Mauro Santayana, jornalista, é colaborador do Jornal da Tarde e do Correio Braziliense.

Sonora Garoa
(V. Simon e Bob Nelson)
Sonoro sereno
serena garoa
pela madrugada não faço nada que me condene
a sirene toca bem de manhãzinha quebrando o silêncio sonorizando a madrugada
Passa o automóvel na porta da fábrica o radinho grita com voz metálica
uma canção
Sonora garoa sereno de prata sereno de lata
reflete o sol bem no caminhão

começando uma nova etapa...

mecanico de aeronave, graduando em sociologia e politica, um ser pensante...eu sou...pai e avo, amado reclamado e amante...viajante...repensante...

A solidariedade, o conjunto de laços que efetivamente prendem os elementos ao grupo, pode ser de dois tipos: a solidariedade orgânica, aquela onde os indivíduos são solidários uns com os outros basicamente devido às semelhanças existentes entre si; onde não se pode mesmo diferenciá-los a ponto de chamá-los de indivíduos, no sentido exato do termo; onde a educação é difusa, não havendo a figura de mestres, e as idéias comuns ultrapassam em número e em intensidade as idéias e as tendências individuais; onde não há reciprocidade nas relações.

pois é...

Repensante

uma nova forma de dizer, de pensar, de entender e de conhecer
Eis:

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