pensante
René Queiroz
domingo, junho 28, 2009
terça-feira, junho 16, 2009
Mario Benedetti
sábado, junho 13, 2009
Olavo de Carvalho tenta desancar "Quemada" de Pontecorvo!!!
Olavo de Carvalho faz uma analise no minimo esquisita de um grande filme, em resposta, uso um grande texto de Ricardo Flait e Marco Antonio Mota para rebater, eis:
Olavo de Carvalho- Obra Prima da Vigarice:
"Observado segundo os critérios da própria verossimilhança histórica da qual se pavoneia, "Queimada" perde todo impacto dramático e se revela uma farsa idiota, postiça até o desespero, composta por um pseudo-intelectual de meia idade para a deleitação masturbatória de jovens aspirantes a pseudo-intelectuais....Tanto no Brasil quanto em vários outros países, as obras do segundo neo-realismo italiano fizeram as cabeças de duas gerações de espectadores e, na condição de "clássicos", desfrutam ainda de um prestígio considerável . Não duvido que milhares ou milhões de Emires Sáderes tenham absorvido desses filmes, e não dos livros que não leram, a substância mesma da sua ideologia e do seu modo de ser."
Após nove anos, Willian Walker (Brando) retorna à Queimada, que vive sob uma ditadura. Dolores já não estava no poder e voltara a ser um revolucionário. Mas agora Walker não está mais “precisando” de Dolores, uma vez que os que estão no poder obedecem à “Rainha”. A resistência de Dolores precisa ser eliminada. Dolores precisa ser morto e passa a ser caçado como inimigo do Estado.
Cabe aqui perfeitamente uma declaração de Maquiavel: “Os homens mudam de governantes com grande facilidade, esperando sempre uma melhoria. Essa esperança os leva a se levantar em armas contra os atuais. E isto é um engano, pois a experiência demonstra mais tarde que a mudança foi para pior”.Os governantes fazem com que o povo acredite que eles ocuparão o poder e terão oportunidade de decidir seus destinos, mas, ao final, constata-se, no círculo vicioso da História, que o povo, ainda que sob uma nova roupagem, continua a ser “massa de manobra” daqueles que detém o capital e o conhecimento, já que o saber também é uma forma de poder.
Queimada é uma aula de política, envolve temas sobre um determinado período da História (inclusive do Brasil) e a relação do homem e seus interesses. Essencial para se entender os mecanismos do mundo. Queimada não tem a pretensão enfadonha de narrar uma história romântica dos oprimidos. É um grande filme porque mostra como o funciona o mundo. Não defende opressores nem oprimidos, mas mostra com inteligência como as coisas operam na política, com todos os seus jogos e interesses.